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Tratorzinho - Yamaha XTZ Crosser 150 |
04/06/2014 - Quarta feira
Depois que peguei a motoca no sábado dia 30/05/14, só fui andar nela na segunda e ontem terça feira.
Nessa fase de transição scooter - moto, eu ainda freio às vezes apertando a manete da embreagem, segunda feira tomei um susto, quase entrei na traseira de um carro por conta do ato reflexo de frear apertando as 2 manetes.
Sei que são categorias diferentes, mas é difícil não comparar a PCX com a Crosser, ainda mais por possuírem a mesma cilindrada e terem como proposta serem motos urbanas.
A PCX tem o som do motor que parece mais "azeitado", parece que todos os componentes estão envoltos em óleo, a Crosser tem o som do motor mais "ardido" parece que o motor está seco.
A PCX quando está fria, por conta do CVT, vibra muito, chega a ser até incômodo, depois que esquenta isso passa e não se sente quase nada - o assento estar distante do motor ajuda muito.
A Crosser quase não vibra, é bastante suave e por estar muito frio nesses dias eu não consegui sentir o calor do motor nas pernas (a Tiger frita as coxas).
Por ser mais baixa e com distribuição de peso mais equilibrada, a PCX é absurdamente leve, fácil de manobrar, de se esgueirar nos corredores, serpentear entre os carros e corrigir trajetos de curvas, a motoca fica na mão o tempo todo, mesmo sendo 4kg mais pesada 124kg X 120kg da Crosser.
A Crosser parece mais pesada, o centro de gravidade é mais alto e sinto mais dificuldade em manobrá-la comparando com a PCX. E não tem jeito, o câmbio manual te faz perder agilidade, principalmente pra serpentear entre os carros, talvez isso melhore quando eu me integrar melhor com a motoca.
Tanto a City quanto a PCX são imbatíveis nas saídas de semáforo - sinto falta do CVT nesses momentos!
Como a Crosser ainda está amaciando (não rodei nem 100km com ela ainda), estou achando-a sensivelmente mais fraca do que a PCX, pois o ganho de velocidade parece mais lento. Mas pode ser só impressão causada pela posição mais alta de pilotar junto com o lag de mudar as marchas. Senti bem isso trafegando pela 23 de maio nas ultrapassagens, com a PCX era enrolar o cabo e ela disparava.
Como minha primeira moto com marchas foi a Tiger, meu referencial pra uso das marchas era ela... e uma está à km de distância da outra, a Tiger na cidade alterna-se entre 1ª e 2ª marchas, nada além disso, só vai precisar de uma 3ª e 4ª com a via muito livre (5ª e 6ª vc nem lembra que existe). Numa moto pequena isso muda muito! Acaba-se cambiando infinitamente mais e usa-se todas as marchas. Na situação de trânsito pesado mas andando em que eu estaria em 1ª na Tiger, estou em 3ª na Crosser.
Na Tiger eu nunca cheguei perto da faixa vermelha do RPM, na Crosser eu tenho que tomar cuidado pois estou sempre encostando, as 2 primeiras marchas são bem curtas.
Eu apanhei um pouco pra subir uma ladeira muito ingrime perto de casa (para visualizar, eu subia essa ladeira a pé e esticando os braços pra frente faltava pouco mais de 30cm pra encostar os dedos no chão), com a City e a PCX, bastava enrolar o cabo que ambas subiam sem perder velocidade. Com a Crosser consegue-se subir até metade em 2ª depois tem que reduzir e escutar o motor berrando perto dos 8 mil RPM, ou subir em 1ª com o motor berrando (fui engatar segunda e foi um desastre!).
A suspensão é excelente, não chega a ser um primor como a Tiger (que parece andar sobre trilhos), mas não levo mais uma surra da moto andando pelo asfalto lunar de Sampa. Fim de curso e pancada na coluna são coisas do passado agora!
Como eu tinha instalado o banco confort na PCX (o banco original é um pedaço de madeira), achei o banco da Crosser duro, meu traseiro ficou mal acostumado, mas foi questão de adaptação, ontem não senti mais essa dureza toda.
O cambio da Crosser é tão macio e preciso como o da Tiger, gostoso de trocar as marchas, fácil de achar o neutro.
As manoplas não são boas, achei-as finas demais, preciso ver se existe alguma manopla mais confortável pra ela, ou vou acabar enrolando um grip de raquete de tênis.
Os freios são borrachudos, o traseiro à tambor ainda mais, tô pensando seriamente em instalar aeroquip pra ver se o freio dianteiro responde mais rápido.
Nesse período de novidade, o namoro com qualquer motoca nova é sempre bom, pois é o período de descobertas e adaptações, época de descobrir qualidades e defeitos e principalmente comparar com suas referências anteriores e tirar algumas conclusões.
Como estou também adquirindo prática em pilotar no dia a dia, uma moto com marchas e criando conexões neurais de modo que tudo fique mais automático, a tendência é que eu vá sentindo, com o passar do tempo, muito mais o que é a motoca nova de verdade, pois por enquanto, pilotá-la está exigindo uma concentração extra.
O que posso concluir é o seguinte, scooter é o veículo ideal para andar na cidade, é ágil, prático, fácil de pilotar, mas se o asfalto do seu percurso diário é ruim, o sonho vira um pesadelo, as carenagens começam a fazer barulho e as pancadas na base da coluna acabam te tirando do sério.
E ramo que ramo! Assim que fizer um passeio com ela, volto pra contar como foi o comportamento na estrada.
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