sábado, 23 de março de 2013

Depois de um longo e tenebroso inverno...

Depois de um bom tempo, estou de volta.

Quarta feira dia 06/02 
Fui pra New Point fazer a primeira revisão e trocar o óleo da suspensão dianteira. (É a melhor CC para fazer a revisão da City)
Tudo ia bem, Ricardo Jafet com trânsito pesado, subo a Pero Correa e paro pra poder cruzar a pista contrária e entrar na CC.
Abriu a brecha, acelero e... derrubo a moto, não sei porque "cargas d'água" fui querer colocar o pé no chão... de lado na ladeira o chão sumiu... e lá foi a moto tombando! Eu só consegui perceber depois (bem depois) que eu bati o bauleto na City de um rapaz que estava saindo da New Point.
Até eu cair na real, todo mundo da CC saiu pra me ajudar, me ajudaram a erguer a moto e eu vi que o bauleto tinha caído, o suporte quebrou...demorei pra entender que o suporte quebrou pq eu bati o bauleto na City do rapaz, quando vi o bauleto no chão já comecei a pensar "que porcaria de suporte que quebra a tôa!".
Aliás, eu só percebi que o rapaz que eu abati com o bauleto tinha voltado no estacionamento da NP quando ele foi embora P da vida pq eu não tinha pedido desculpas pra ele, nem me preocupado em perguntar se ele estava bem. Cara, se ler esse post, peço sinceras desculpas mesmo, eu fiquei um tanto quanto atordoado com esse incidente, e na hora que eu derrubei a moto não consegui perceber que eu tinha te atingido, só juntei os fragmentos depois...
Fiquei mal o dia inteiro, uma coisa é eu fazer a M sozinho, outra coisa é eu fazer a M e espirrar nos outros.
Enfim, moto ralada, manete do freio esquerdo curvado.
Revisão feita, óleo da suspensão trocado e o primeiro banho da Batmoto... eu nunca tinha lavado ela (sei que é desculpa, mas chovendo td dia não tinha coragem), mas foi bom ver a lavagem pq vi que jogam água nela inteira mesmo, agora sei que não preciso ter medo de tacar água no painel.
Realmente a troca do óleo da suspensão melhora bem o comportamento da moto, me pareceu até que diminuiu o barulho de bateção na frente, ela ficou mais firme e diminuiu um pouco a shimação.
Cheguei em casa e a bolha média havia sido entregue (foi muito rápido, encomendei e paguei na segunda!). Tratei logo de instalá-la.
A noite, fui encontrar com o pessoal do grupo no Empório Moema, assim já testaria a bolha média.
O embaçamento do capacete diminuiu, o tempo que leva pra desembaçar também, comecei a sentir o vento entrando pela abertura da queixeira, pela primeira vez, numa noite fria e úmida, consegui sair de casa com a viseira fechada sem ter que abrí-la pra desembaçar.
Só que o barulho de turbulência aumentou consideravelmente, como não tem mais aquela curva na parte de cima, o vento é jogado direto no capacete, numa direção que não seria a "natural" pra um capacete receber o vento.
Existe uma proteção de tecido no queixo do capacete que eu deixo "aberta" pq ela piorava o embaçamento quando deixava fechada, vou experimentar ela fechada pra ver se o barulho diminui um pouco agora que o vento entra pela abertura da queixeira.
Na chuva, a proteção no peito continua, mas não tem jeito, a viseira embaça muito na chuva!
Daqui a pouco faz 1 mês e a película antiembaçante sequer saiu dos EUA!
Acabei comprando o capacete Shark Evoline 3, sei que é pesado, menos seguro que o meu fechado, não tem pinlock, mas o fato dele ser "híbrido" me agrada bastante.
09/02
Fui meio (ou inteiro) covarde hoje... eu tinha uma série de coisas pra fazer na rua, vi a chuva forte e sem cara de querer parar...deixei a Batmoto na garagem e fui de metrô... de carro eu não conseguiria fazer nem a metade das coisas, de moto, quando pensei que eu teria que colocar e tirar a capa de chuva, pelo menos, umas 3 vezes desanimei (não sei se sou excessivamente fresco, mas não consigo entrar nos lugares pingando e com esse troço me esquentando)...tirei a poeria do meu bilhete único e fui embora!
11/02
Quase um mês depois, eis que chegou a película comprada no E-bay.
Mas essa película já apresentou um "defeito", tudo gruda nela e prejudica a visão.
Ontem o pessoal do grupo do Facebook, fez um passeio até Paranapiacaba, muito sol, muito calor. Quando coloquei o capacete pra sair notei que a viseira estava estranha parecia que tinha umas partículas grudadas, mas segui assim mesmo ou iria atrasar. Quando entramos na cidade abri a viseira pois o calor estava insuportável e tínhamos que empurrar nossas motocas numa passarela.
No retorno, ao invés de pegarmos a passarela (ninguém tava muito afim de empurrar essa motoca SUPER levinha na passarela) resolvemos fazer o caminho mais longo por uma estrada de terra.
Por causa da poeira, fechei a viseira... a película estava com diversas partículas de poeira grudadas nela mais do que antes, acabei viajando com ela assim mesmo, não foi algo impossível, mas foi bastante incômodo, parecia que eu estava sem óculos.
Em casa tive que usar bastante limpa vidros e achar algo que não soltasse fiapos pra poder limpar a película.
Enfim, não recomendo, por mais que ela evite o embaçamento (algo que eu não consegui testar ainda), o fato dela ser um imã de poeira inviabiliza o uso. Eu tenho por hábito deixar meu capacete de cabeça pra baixo, apoiado num donut de espuma, com a viseira aberta pra poder evaporar a umidade, hoje pela manhã fui checar a película e ela já estava com uma série de partículas grudadas nela.
Vou limpar de novo e passar um cristalizador pra ver se consigo tornar essa película usável.
No site do fabricante www.modernworld.com, existe uma lente antiembaçante de policarbonato que funciona com viseiras com pino e sem pino de pinlock...essa não vou testar, nem comprar por enquanto.

13/02
Lavei a viseira, deixei secar naturalmente e passei cristalizador do lado de dentro, deixei o capacete a noite toda na posição que eu sempre deixo, de cabeça pra baixo, fui trabalhar hoje de manhã e não tinha nada grudado na película, a visibilidade voltou ao normal, ou seja, não dá pra perceber que a película está instalada. Mesmo quando retornei pra casa a película continuou sem resíduos.
Amanhã a noite eu não poderei ficar esperando a chuva passar, tenho que ir trabalhar, acho que o teste de fogo, ou melhor, de chuva acontecerá.
A princípio, o problema do magneto de poeira foi resolvido.
Peguei meu capacete novo hoje (Shark Evoline 3)
É um capacete volumoso te deixa com a aparência de mega cabeção.
Bem pesado, mas meu parâmetro é um Shark Vision R fechado que pesa quase a metade.
É bem mais apertado, pensei que por ser da mesma marca que o que eu já tenho, teria a mesma vestibilidade, mas não tem, a bochecha fica quase formando a "boca de peixe" e a testa também fica mais apertada.
O sistema de abertura da queixeira é bem prático, no Evoline 2 era necessário levantar a viseira antes de levantar a queixeira, no 3 isso não é mais necessário.
O fechamento da queixeira achei mais difícil, tem que levantar a viseira e aplicar certa força pra trazer a queixeira de volta pro lugar, uma vez que ela fica encaixada na parte de trás.
Uma vez colocada pra frente é necessário puxar pra baixo até travar e empurrar em direção ao rosto, dá pra sentir que a pressão na região das bochechas fica mais forte quando a queixeira está bem encaixada.
O material que forra as espumas é mais macio com toque de camurça.
Remover a viseira é um pouco mais chato que no Vision-R pois precisa de algo com ponta pra pressionar as travas, no Vision-R é só puxar a viseira.
Ângulo de visão semelhante, bastante amplo.
Instalação do Cardo foi bem mais fácil, tem até uma abertura pra passar a haste do microfone e local próprio pra fixar os fones.
Vem com um frasco pra fazer a "hidratação" da borracha de vedação e diz que a composição é de 100% silicone.
Estou com um pouco de "medo" do calor pois ele não tem saída de ar na parte de trás, mas pelo que vejo nas espumas internas e da base existem vãos para circulação de ar.
A viseira solar é mais fácil de acionar do que a do Vison-R, só acho que ela deveria ser um pouco mais "longa" pois os reflexos do sol no asfalto molhado vão entrar por baixo.
Vem com uma bolsa de transporte.
Teste dinâmico
Rodei com o capacete no modo fechado e aberto, sol e calor.
Uso fechado - estava receoso pois achei que a abertura da queixeira era pequena e não existe saída atrás e iria passar calor. A ventilação é boa, em nenhum momento me senti sufocado, a viseira solar deixa uma abertura nas extremidades inferiores, mas não chegou a comprometer. Me pareceu ser menos barulhento que o Vision-R, mas como o uso sempre com o pino anti-embaçante acionado o barulho acaba sendo maior, o Evoline não tem esse pino. A abertura da queixeira é bem fácil mesmo. Mas quero ainda fazer um teste com o sol mais quente pra ver se a sensação permanece. E pegar vias de maior velocidade para aferir o barulho.
Uso aberto - sol a pino calor do meio-dia, obviamente é bem melhor no calor em uso urbano, mas por estar apertado estou literalmente mordendo as bochechas por dentro, aconselho a todos a experimentar antes. A viseira solar, com o uso no modo aberto se mostra realmente curta, cheguei a puxar a frente pra baixo algumas vezes...mas o bicho tá tão justo que nem se moveu.
Pensei que fosse sofrer com o peso, mas não foi tão ruim assim, claro que pesando o dobro que meu outro capacete houve bastante diferença, que eu resumiria assim: com o Vision-R eu sei que estou de capacete, com o Evoline eu SINTO que estou de capacete pois noto mais esforço muscular para movimentar a cabeça


15/02
Enfim, não consegui evitar a chuva! Como não tinha jeito, resolvi usar o capacete antigo pra testar a película.
A película funciona 80%, não é a solução perfeita, mas já ajuda bastante!
Depois do exercício de vestir a capa de chuva, coloquei o capacete e a viseira deu uma embaçada, andei poucos metros e logo ela desembaçou, isso foi bom pois ela não desembaçava rápido assim antes.
Ela segurou o embaçamento quando para no semáforo, mas deu uma embaçada leve quando fiquei entalado no corredor andando muito devagar.
Mas vamos analisar mais friamente a situação, minha bolha agora é 10cm menor que a original, ou seja, tô recebendo mais vento pela entrada de ar da queixeira, a melhora no embaçamento pode ser dividida em parte pela melhoria na ventilação também.
A película pode não evitar 100% o embaçamento, mas está ajudando a desembaçar mais rápido, isso foi muito nítido hoje, ela precisa de menos vento pra desembaçar.
Se vale o investimento? Se a compra for em grupo pra dividir o frete sim.
Mas eu tentaria comprar a lente antiembaçante desse mesmo fabricante ao invés da película. http://invisionvisorinserts.com/?product=hyper-shield

20/02
Bom, como a viseira ainda estava embaçando (muito menos do que sem a película), resolvi lavar a viseira e não passar o cristalizador do lado de dentro pra ver se melhorava alguma coisa, pois comprei uma toalha super absorvente que não solta fiapos e dá pra limpar a viseira por dentro sem encher ela de fiapos.
E melhorou bem, tá embaçando muito menos! E quando gruda poeira é só molhar a toalha de leve e limpar a viseira por dentro que tudo fica limpo.

25/02
Peguei chuva com o capacete novo...um tormento! A viseira embaçou muito (tratamento anti-embaçante da Shark é um lixo!), abri uma fresta e desembaçou, mas começou a pingar água dentro, depois vi que abre um vão nas laterais da viseira e a chuva entra por ali quando está parado. Fecha a viseira, embaça, abre a viseira, pinga.
Resolvi tirar a viseira e lavá-la, no manual do capacete pedem pra não passar nada dentro, e notei que a lente é rugosa, parece a película que instalei no outro capacete. Vamos ver se melhora.

21/03
Chuva de novo, com o capacete novo, depois de estabelecer uma rotina de lavar a viseira uma vez por semana, o embaçamento diminuiu, só precisei abrir uma fresta pra desembaçar quando parei num semáforo.
Mas uma coisa eu notei, andar de moto passa uma sensação incrível de liberdade, e é engraçado isso porque assistindo a um episódio do seriado Greys Anathomy, um diálogo que aconteceu que expressou muito do "espírito" do que é andar de moto: Os médicos estavam na porta do PS aguardando uma emergência, quando entram as ambulâncias com uma dezena de motos atrás, eles estavam fazendo um passeio em grupo, um motociclista caiu e derrubou vários outros... enfim, numa parte do episódio, um dos médicos pergunta para um dos integrantes por que eles andavam de moto... ele respondeu: Você já pegou estrada? O médico respondeu afirmativamente. O motociclista pergunta: Mas estava num carro, certo? O médico afirma com a cabeça. E o motociclista complementa: De carro você está viajando dentro de uma gaiola de metal... de moto você viaja como um pássaro fora da gaiola, só quem anda de moto sabe que sensação é essa.
É bem isso, as coisas parecem estar mais próximas, e na estrada você "sente" a paisagem, parece fazer parte dela.

23/03 - Uma nova aventura em 2 rodas!
Bom, como eu ainda acho a City pesada e grandalhona, e tem alguns percursos que são curtos e ir de moto é um incômodo por causa do capacete, jaqueta e luvas (não ando sem, pois, capacete, jaqueta e luvas você compra outras, pele, braços e cabeça não), comecei a pesquisar bicicletas elétricas... ok, você deve estar pensando: preguiçoso! Mas já explico, moro na parte de baixo de 2 ladeiras, o metrô fica a 1,2km de casa, mas ladeira acima (quando vou a pé até o metrô, chego lá suando como se tivesse corrido uma maratona). E não tem jeito, pra qualquer lado que eu saia tem uma ladeira.
Achei que a bike elétrica seria a solução pra vencer essas ladeiras. Pesquisa aqui, pesquisa ali, preços exorbitantes e diversos modelos e tipos de motor. Optei por um modelo dobrável pois seria mais fácil de colocar no carro, sem ter que comprar suportes nem desmontar os bancos. Os modelos que eu gostei mais demorariam uns 15 dias pra chegar, acabei optando por lojas que tinham pronta entrega aqui em Sampa (minha ansiedade cobrou um arrependimento leve). Acabei comprando um modelo dobrável da Cycletech.
Levou alguns dias pra conseguir testar, pois quando eu ia testar...chovia!
Dei umas voltas dentro do condomínio pra ver como era, regular a melhor altura para o selim, mas com a rua praticamente plana, tudo parecia fácil.
Finalmente encarei a rua, o percurso seria até a academia (aproximadamente 5 km) e voltar. Motor ligado, capacete e lá fui eu... essa bike funciona pelo pedelec (que auxilia nas pedaladas) e e-bike (anda só acelerando). Primeira ladeira, a mais pesada de todas... o motor não deu conta, a bike ia tão devagar que eu quase caí, resolvi engatar a primeira marcha (tem 6) e pedalar...por mais que o motor ajude, não faz milagres, ainda mais numa ladeira de quase 45º, cheguei no final da ladeira com um metro de língua pra fora! Depois a inclinação diminui, daí sobra motor, engatei a 6ª e prossegui, depois disso um descidão e outra ladeira pesada, mas essa foi mais fácil pois estava embalado.
Peguei uma rua que vai em direção da academia, uma descida, mas tem uma valeta no final... não dá pra pegar embalo...e começa a subir...mais um metro de língua pra fora!
Pra voltar, resolvi pegar o caminho mais longo, mas que é mais plano... daí foi uma maravilha, pouco esforço na pedalada, e só tem uma ladeira que dá pra subir boa parte embalado.
Cheguei em casa exaurido!
Na segunda incursão (não consegui fazer muitas pois o tempo não está ajudando), resolvi fazer ir até ao supermercado, e optei pelo caminho mais longo e que tem as ladeiras mais "leves". Dessa vez foi melhor!
Cheguei em casa muito mais inteiro, mas ainda cansado e suado.
Mas se você está pensando que uma bike elétrica vai andar como uma moto de 50cc, pode esquecer! Não deixa de ser uma bike, o motor tem limite pra ladeiras, e o auxílio do pedal numa ladeira não impede de te deixar cansado e suado, mas com certeza torna menos penosa a ladeira do que pedalar sem o auxílio do motor. E não pense que você sobe a ladeira rápido, é um processo lento, mas ainda assim mais rápido do que a pé e com uma bike comum (mesmo aquelas com mais de 20 marchas).
Tentei usar a bike, num piso mais plano com o motor desligado... quase impossível, ela fica extremamente pesada, mesmo na primeira marcha o pedal fica pesado.
Quando uma bike elétrica realmente se torna um transporte viável para ir ao trabalho? Quando seu percurso praticamente não tem ladeiras íngremes. Ou tenha como tomar um banho no local de trabalho. A não ser que você só transpire depois de correr uma maratona.
Minha próxima empreitada será ir pra academia treinar de bike, vamos ver se dou conta!
Meu arrependimento leve (devido à ansiedade de comprar logo), foi que tem um modelo dobrável numa loja do Rio, que tem um sistema de controle do pedelec e um câmbio melhor. A bike que eu comprei tem o câmbio com sistema giratório, muito ruim de controlar, e o pedelec não tem ajuste, ou seja ele funciona com carga total mesmo no plano, o pedal fica excessivamente leve, quando seria melhor que funcionasse só com 20% da potência.