terça-feira, 4 de novembro de 2014

Yamaha XTZ Crosser 150 - finalmente 1000km

Ainda não coloquei a motoca na estrada, por isso demorei tantos "séculos" pra alcançar os 1000km e fazer a primeira revisão! Até que enfim acabou o amaciamento chato!
O valor seguiu o preço da tabela da própria cc e com desconto por ter feito a revisão na cc onde foi comprada - não achei barato, a primeira da PCX saiu muito mais barata (algo em torno de 30%) e a moto foi lavada. Na Yamaha foi mais cara e a moto foi entregue sem lavar.
Com a crise de abastecimento de água eu não estou lavando a moto, nem mandando lavar, ou seja, ela entrou marrom na cc e saiu marrom.
Como estou utilizando somente na cidade, e meus trajetos são curtos e eu não saio todos os dias com ela, foi um verdadeiro tormento chegar nos 1000km!

Abasteci com álcool pela primeira vez logo após o tanque esvaziar depois da primeira revisão, eu não tinha feito isso antes pois estava fazendo muito frio, e eu temia que ela ficasse ruim pra pegar de manhã. Coloquei álcool aditivado da Shell, e devia ter ainda uns 5l de gasolina no tanque.
Não senti diferença na tocada, nem nas respostas, mas senti que ela titubeia um pouco até que o motor esquente, como eu saio de casa já numa subida, consegui sentir bem as "engasgadas".

O consumo piora um pouco, fez 32km/l ante os 38km/l com gasolina. Sinceramente não sei se volto a colocar álcool novamente.

Apesar de ler alguns relatos de outros proprietários de que os raios das rodas estão quebrando, os da minha estão 100%.

Me acostumei com os freios (como já havia relatado), mas não confio neles, comprei um aeroquip (condutor de malha de metal que leva o fluido de freio pra roda), só não tive tempo de levar pra instalar, vamos ver se melhora. A roda traseira trava com uma facilidade grande - mas isso é resquício de pilotar scooter, depois de derrapar algumas vezes, aprendi na porrada a redosar a divisão de frenagem e inverter a ordem - como scooter tem a massa concentrada na roda traseira, segundo aprendi e sempre funcionou, aciona-se o traseiro antes do dianteiro... fiz isso na moto e a traseira travou e derrapou, por sorte mantive o controle em todas as vezes que isso aconteceu.

Ainda não existe cavalete central pra ela, isso faz falta, precisei comprar um cavalete eleva moto pra poder fazer a manutenção da corrente. Cheguei a escrever pra Chapam preguntando sobre a possibilidade de desenvolverem um, mas a resposta foi: "Não temos".

Alguns acessórios já começaram a surgir - slider e protetor de motor, mas não sei se colocaria um protetor numa moto com motor tão pequeno, o slider, talvez.

Agora que já me habituei com as marchas, o que posso dizer sobre elas é o seguinte: as 3 primeiras são curtas, tanto que, na maioria das vezes, eu acho que estou em 2ª, mas estou em 3ª, já saí em 2ª várias vezes; numa avenida de velocidade mais alta e com topografia variável (av Rubem Berta - 23 de Maio), eu quase não engato a 5ª marcha pois a moto perde bastante força na subida, e pra manter a agilidade, o motor precisa estar sempre "cheio" (acima de 6000 rpm).

Yamaha XTZ Crosser 150 - mais algumas impressões


Apesar de ainda não ter pego estrada, farei mais algumas considerações depois de andar mais algumas centenas de km com ela.
Já apanho menos agora, meu neurônios já pararam de mandar frear na manete da embreagem, mas em compensação ando travando a roda traseira com excessiva frequência pois eu simplesmente "esqueço" de apertar a manete do freio dianteiro... como eu usava mais o freio traseiro nos scooters ainda estou com esse vício, só que sem o peso do motor na traseira a roda trava fácil.

A impressão de freio borrachudo está diminuindo, provavelmente por estar acostumando a pressionar a manete com mais força.

Agora já estou acostumando com o tempo de marcha, eu estava trocando as marchas cedo demais e a moto parecia mais lenta que a PCX, pra aproveitar o torque preciso subir mais o giro e com isso o motor "grita" um pouco mais. Não adianta, por mais que eu tenha 2 motos com marchas, uma é completamente diferente que a outra na tocada.
Como pilotava scooter no dia a dia, não estava habituado a essas oscilações de som do motor e acabava sacrificando torque pra fazer menos barulho... bobagem... ou ela grita ou não sobre morro!

Como entrei em férias 10 dias depois de pegar a Crosser, ando fazendo trajetos muito curtos e ainda não abasteci uma segunda vez (48 dias desde o primeiro abastecimento), acho que ela chega a 300km de autonomia.

Pra variar, compro uma moto recém lançada, e os acessórios quase inexistem, apanhei da PCX por causa disso, e acho que gostei pq comprei outra moto na mesma situação.
Eu já tinha um bauleto que usava na Citycom, passei pra PCX depois de alguns meses pois nem suporte tinha no mercado pra ela, e mesmo assim tive que fazer uma gambiarra pois a base não encaixava na furação do suporte.
Quando decidi comprar a Crosser, já comecei a tentar encontrar um suporte pra instalar o bauleto, pois sabia que teria problemas, a base do bauleto Shad SH40 só vem com área furada nas extremidades e os furos do bagageiro da Crosser são mais localizados no centro. Aliás, quem for comprar a Crosser preste muita atenção a esse detalhe pois nem as bases com fundo colméia estão casando com os furos do bagageiro, por vias das dúvidas já providencie a chapa pra instalar.
O bom do site da Yamaha é que na área de acessórios tem praticamente tudo que você precisa, mas nenhuma concessionária tem pra vender. No site da Yamaha existe uma chapa da Roncar que serviria justamente para instalar um bauleto que não encaixa nos furos existentes... doce ilusão, essa chapa só existe no mundo virtual... entrei no site da própria Roncar, a Crosser não consta nem na lista deles, muito menos a chapa... comecei a vasculhar o site e encontro uma chapa mais larga para bauleto Shad acima de 40l! Mesmo que os furos não batessem, é mais fácil fazer um furo novo!
Essa chapa chegou e fui estudar uma maneira de fixá-la... pelo menos 2 furos bateram... só tinha que fazer mais 2, e tinham alguns que casavam com os furos da base do bauleto... UAU, mais fácil do que eu pensava!
Como não tenho bancada, fui fazer o primeiro furo com broca fina na marcação... desastre! A broca correu pela chapa inteira! Toca achar um prego pra bater na marcação e que ajudará a segurar a broca no lugar! Que perrengue! 3 brocas de tamanhos diferentes pra conseguir o diâmetro dos parafusos.
Furos feitos, fui instalar a chapa... os buracos estavam 1mm fora do lugar! E toca alargar os furos da chapa!
Enfim... chapa instalada! Fui instalar a base do bauleto... os 2 furos da base que casavam na traseira da chapa ficavam encostados demais na alça do bagageiro! #&*%$#! Não tinha como apertar as porcas! Tive que fazer 2 furos novos na chapa pra poder fixar a base do bauleto! Desinstala a chapa, e outro perrengue pra fazer esses 2 furos novos!
Agora sim o bauleto estava instalado! Mas infelizmente não tem como colocar uma porca borboleta pra prender o bauleto à base e evitar que ele voe, não tem espaço na parte de baixo! O negócio é amarrar com elástico mesmo!

Depois desse perrengue, deixei pro dia seguinte a instalação da antena corta-pipa, a tomada 12v e os refletivos nas rodas.




Agora a motoca está equipada com o básico pra mim (bauleto, antena, tomada e refletivo), o que vier agora é firula!