domingo, 1 de junho de 2014

Trocando a PCX - não deu mesmo, minha coluna não aguentou!

Depois de longo e tenebroso inverno, cá estou de volta!
Não teve muito jeito, troquei banco e suspensão da PCX, e ela continuou a destruir minha coluna (não ela em si, mas nosso asfalto lunar).

É um scooter delicioso de pilotar, leve, ágil e com excelente arrancada, mas como todo scooter, o curso curto da suspensão traseira não casa com nosso asfalto ruim, a Citycom também machucava minhas costas, mas não tanto como a PCX.

A situação estava tão insustentável que eu evitava o quanto podia sair de casa de moto, pois sabia que iria ficar com a coluna doendo.
Depois de árdua pesquisa, acabei selecionando 3 candidatas para substituir a PCX: Dafra Apache 150, Yamaha Fazer 150 e a Yamaha XTZ Crosser 150.

A Apache é uma moto absurdamente completa pra categoria, tem lampejador de farol, relógio no painel, corta corrente, amortecedor traseiro à gás, etc... mas é carburada, e isso me incomodava bastante.
As Yamahas são primas, dividem mesmo motor, câmbio e painel. A Fazer 150 é mais barata que a Crosser 150. Pelo centro de gravidade mais alto, a Crosser parece ser bem mais pesada (na verdade é só 1kg mais pesada).

Quando fui à concessionária pra ver e fazer o test ride das motos, meu maior receio era a altura da Crosser e minhas pernas curtas serem incompatíveis.
Pra minha surpresa, a Crosser me deu pé, obviamente não encosto os pés inteiros no chão, mas fiquei com apoio melhor do que com a Tiger, e consegui manobrar bem a motoca. 

Tecnicamente a PCX é mais baixa, mas como você pilota sentado e o banco é mais largo eu não apoiava o calcanhar no chão. A Tiger, depois de rebaixada, está 1,0cm mais baixa que a Crosser, mas o banco é mais largo e eu fico só com as pontas dos pés no chão, a Crosser é mais estreita e eu acabei ficando com o mesmo apoio que ficava com a PCX.

Eu estava pendendo pra Fazer 150, o preço mais baixo e finalmente encostar os pés inteiros no chão estavam me encantando... fui pra casa pesquisar um pouco mais sobre elas. A Fazer 150 tem mais acessórios à venda, legal, não é um latifúndio de coisas como é para as Hondas, mas tem alguma coisa. A Crosser não tem absolutamente nada de acessórios, nem cavalete, no máximo uma chapa de metal pra instalar o bauleto (mosca branca, só uma cc em Sampa que tem).

Daí me deparei com algumas matérias de teste e vídeos da Crosser, rasgando elogios para a suspensão, principalmente por ter link na traseira... ferrou-se, se eu quero trocar a PCX por causa da suspensão ruim, não posso arriscar comprar a Fazer 150 que, pelos comparativos, é mais rígida que a Titan 150.
Fiquei 1 semana e meia "dormindo" nesse assunto pois precisava esperar vencer o seguro da PCX pra poder transferir de corretora e transferir o seguro.

No final de semana decidi pela Crosser mesmo, e já comecei a correr atrás da chapa pra instalar o bauleto, nada... entrei no site da Roncar que fabrica essa chapa, e eles não têm pra vender no site (só devem vender para as CCs ), daí me deparei com uma chapa larga para bauleto Shad acima de 40 litros... uia, mesmo que a furação não case, dá pra fazer novos furos, peça comprada!

Bom, a moto não tem cavalete, e nem existe pra comprar... toca buscar um cavalete eleva moto... muitos modelos, mas como ela é mais alta, acho que um eleva moto comum não deve servir, preciso de um que sirva pra moto trail... achei, da Chapman, eleva a moto pelo meio e não pelas rodas... comprado tb!

Dia 26/05/14 fecho a compra da Crosser, resolvi instalar alarme na CC mesmo, entrega prometida pra sábado 31/05 (mas como sei que isso atrasa, tava mais esperando pegar a moto na segunda).

Sabadão chega, passeio BV marcado pra Apiaí com uns amigos, final de semestre, provas pra corrigir, médias pra fechar e lançar... esqueci de verificar se a Tiger tava viva ainda... madrugo, tomo café, vou ligar a Tiger... nem sinal! Aviso meu amigo que se eu não chegar no PE é pq a chupeta não funcionou, depois de uma breve luta pra tirar o banco e acessar a bateria, cabos conectados e ... nada! Aviso novamente que não deu mesmo (chateado...faz tempo que não pego estrada com a Tiger). Conecto a bateria num carregador de bateria e rezo pra funcionar. Entro em casa, desanimado, tiro as roupas de moto... o jeito agora é voltar a dormir... 9h o vendedor me liga: "Pode vir retirar a moto". UAU, ganhei meu sábado de novo! Chamo um táxi e vou pra CC.
Motoca apresentada, alarme apresentado, o vendedor pede pra eu dar uma volta no estacionamento pra ver se precisa ajustar alguma coisa, aparentemente não.
Tiro a foto da retirada:


Daí bateu um medinho...putz desde que voltei de viagem não peguei mais em moto com marcha, mas rambora!

Fui dando pescoçada da CC até o posto de gasolina e depois até em casa, daí eu percebi como a curva de torque da Tiger é fenomenal, as reduções são super suaves! Na Crosser, cada redução foi um tranco no pescoço!

A embreagem é macia e o câmbio é muito bom, as marchas entram com facilidade, mas vai levar um tempo até eu me acostumar com ela, pois vi que motor menor demanda cambiar muito mais, a Tiger, na cidade, anda-se quase o tempo todo entre primeira e segunda, na Crosser percebi que precisa alternar entre as 5 marchas o tempo todo. A ladeira que eu desço em primeira na Tiger pra usar o freio motor, tive que descer em terceira na Crosser. 

A suspensão é realmente muito boa, mas como estava com banco confort na PCX, achei o banco da Crosser duro... minha bunda ficou mal acostumada! É engraçado como a opinião muda conforme o referencial, os textos dos testes dizem que o banco da Crosser é mais confortável que o da Fazer 150... se eu achei o da Crosser duro, o da Fazer deve ser uma tábua, tipo o banco original da PCX.

Cheguei em casa e já peguei as ferramentas pra transferir o bauleto da PCX pra Crosser. Peguei a chapa que comprei e fui verificar se os furos batiam... só os da frente batiam e ainda deixavam a base do bauleto um pouco mais pra trás do que seria o ideal... mas pra colocar a chapa no local que seria o ideal, eu teria que fazer 2 furos e alargar os 2 furos de trás... melhor deixar com os furos da frente batendo e só ter que fazer 2 furos mesmo! Furos marcados, broca pra metal fina, média e grossa separadas e bora furar! Não foi fácil, mas consegui... e obviamente os furos não ficaram nos lugares certos e tive que alargá-los um pouco mais. Finalmente os 4 furos bateram, instalei a chapa no bagageiro e comecei a instalar a base do bauleto... "Houston we have a problem!" as aberturas da base que encaixavam com as aberturas da chapa ficaram próximas demais da alça do garupa e o parafuso não ia até o fundo! &%$@*&, vou ter que fazer mais 2 furos na chapa! Marquei a posição dos furos novos, tirei a chapa do bagageiro e lá fui eu furar novamente a chapa! Soubesse disso teria alargado os furos de trás e refeito os da frente!

Depois dos novos furos feitos, a instalação fluiu! Finalmente, depois de muito suadouro, o bauleto estava instalado!

 
Como não tem como colocar uma porca borboleta pra prender o bauleto na base, tive que fazer uma amarração pra evitar que o bauleto voe.

Próximo passo, instalar o suporte pro GPS, a Tomada 12v e a antena corta pipa.
Antena corta pipa eu tinha uma extra da época da Citycom e ela coube no parafuso do retrovisor. O suporte pro GPS ficou num local bom, bem no meio e não cobre o painel.

A tomada 12v foi mais uma novela, pois ela não podia atrapalhar virar o guidão e não podia ficar atrás do GPS pq não sobraria espaço pra conectar o cabo do GPS... consegui achar um local bom.

Toca estudar a fiação da moto pra ver por onde ia passar os fios e se iam chegar até a bateria... faltou 30cm de fio! Daí já tava cansado! Prendi os fios pra fazer a emenda depois, pois ainda precisava ver aonde eu ia guardar a PCX na minha garagem torta e ver se o carregador de bateria funcionou na Tiger.

Desconectei o carregador, virei a chave e as luzes de acenderam... bom sinal. Aciono a partida e ela começa a ir, pega, mas morre...caraca! Mais uma vez! Pega e morre! Resolvo ligar com o acelerador virado... Pegou, engasgou e segurou engasgando! Saiu fumaça do motor! O motor parou de engasgar, diminui a aceleração e quando senti que ela não ia morrer mais, deixei ela funcionando. UFA! Nunca mais faço isso! Larguei ela meses sem ligar!

Arrasta coisa pra um lado, abre espaço e consigo um canto pra PCX! Coloco madeira debaixo do cavalete pra não descarregar a bateria e cubro a bichinha.

Resolvi colocar uma madeira embaixo do cavalete da Tiger tb... maldita hora! Como não consigo colocá-la no cavalete sozinho tive que chamar ajuda... foram 4 tentativas! Em cada uma, um dos pés do cavalete ficava fora da madeira! E suando em bicas, na quinta tentativa os 2 ficaram em cima da madeira!

Minha intenção era ir num passeio do PCX Clube pra Paranapiacaba no domingo de manhã pra testar a motoca... depois de todo o suadouro de sábado capotei na cama e não ouvi o despertador!

Passeio perdido, só me restou terminar a instalação da tomada 12v. Corta fio, emenda fio, passa fio, conexão feita... hora de testar a tomada... sem drama dessa vez! Tomadinha funfando! Uhúú! \o/



A mala de trabalho coube junto com as tralhas que ficavam debaixo do banco da PCX dentro do bauleto! Uhúú de novo! Não vou precisar amarrar a mala!
Agora é só ver como será o dia a dia! Depois posto como foi a semana com a motoca nova! E ramo que ramo!

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